ENTREVISTA DO SEU BARRIGA

Santiago, Chile, 14 de Setembro. - O comediante mexicano Edgar Vivar, conhecido pelos seus personagens “Senhor Barriga” e “Nhonho”, negou aqui em Santiago que os atores da série “Chaves” (El Chavo del Ocho) estejam brigados ou sem se falar.

“A série terminou porque cumprimos um ciclo e não porque brigamos, como muitos andam dizendo. O mais complicado foi Carlos Villagrán (“Quico”), porém os demais seguiram gravando e compartilhando mais alguns cenários juntos”, comentou Edgar Vivar, que se encontra aqui em Santiago com seu circo.

O comediante disse que após a morte de Ramón Valdez (Seu Madruga) e o afastamento de Carlos Villagrán (“Quico”), “foi muito difícil para nós continuarmos com a série” e “foi muito complicado uma outra união de todos, porque já era uma outra época e cada um de nós tinha muita atividade”.

Vivar, cujo circo se instalou em um centro comercial de Santiago, explicou que “uma vez terminada a série “Chaves”, quisemos seguir com a magia e a ilusão para as crianças em diversos países do mundo de língua espanhola”.

Sobre o porquê de os personagens de “Chaves” fazerem tanto sucesso por tanto tempo, ele ressaltou: “um menino pobre, um senhor que não paga o aluguel, uma menina deveras inteligente, e cobrador de aluguel de bom coração, entre outros, misturados numa história genial, sempre serão lembrados e seguirão famosos”.

Edgar Vivar confessou que o criador intelectual do personagem “Nhonho” foi Roberto Gómez Bolaños, “Chespirito me chamou para construir o personagem e eu o vesti; lhe dei as características de como falar, as roupas e os dentes, a peruca e outros detalhes”.

“O Nhonho é um menino boníssimo e belíssimo que me permitiu descobrir a criança que todos temos dentro de nós”, disse e ressaltou que está dedicado quase por completo ao seu circo, porque tem outras atividades, como sua participação especial na telenovela “Alguna vez tendremos alas”.

“Agora estarei pouco tempo no Chile porque terei que filmar uma nova versão de “Zapata”, que será dirigida por Alfonso Arau, o mesmo criador de “Como Agua para Chocolate”, ressaltou. Vivar, que disse estar muito ligado ao Chile porque sua bisavó nasceu no norte da cidade de Antofagasta, contou que seu circo conta com equilibristas, contorcionistas, acrobatas, cachorros ensinados e monólogos de “Nhonho” e “Senhor Barriga”.

Recordou também que, na década de 1970, percorreu todo o Chile com um enorme sucesso, junto com o elenco da vila de “Chaves”.

Além de Edgar Vivar, este mês se apresentarão em Santiago os circos de María Antonieta de las Nieves, conhecida como a “Chiquinha”, e o de Carlos Villagrán (“Quico”), o qual é uma feliz concidência “que tenha tanta popularidade entre as crianças chilenas”, disseram os especialistas.

A série “Chaves” é transmitida no Chile pela Megavisión, sócia da rede mexicana Televisa, e a utilizou para reapresentar a sua telenovela “Santiago City”, tirada do ar devido ao baixo IBOPE, o qual se elevou com as aventuras do menino mexicano.